segunda-feira, maio 30, 2005

Nascimento

Uma noite como qualquer outra...o poeta diria que é obscura, o apaixonado, imensa, o bêbado, fria...sinto a noite como irmã, que me envolve os ombros, companheira de sonhos e pesadelos, de êxtases onde a alma se eleva, objectividades onde o corpo rasteja. Tudo é mais vivido, os sentimentos rugem enfurecidos, o toque na pele é pressentido antes do tempo, o mundo é mais mundo, a vida mais imperfeita, a música mais bela, as emoções mais certas...e o contrário, porque o pulsar do sentido, mesmo que cruel, reside na sua contradição.

Não deveria ser esta a temática do post, afinal o primeiro, a apresentação, a cortina que se abre nunca mostra o espectáculo a meio. Mas nada aqui é para ser coerente, rígido ou friamente lógico. Divagar, fazer pensar, emocionar, rir, sonhar...Contudo, não quero e não preciso de explicar e justificar este nascimento nem os seus intervenientes. Reconhecido já é, porque duas pessoas são a sua existência, um nós, surpreendente (ou não tanto), cada um preso ao individualismo inerente a cada um.
Um tu que é um amigo, um eu que às vezes é inimigo, duas mentes, dois corações, duas almas, uma amizade...um blog...dualitate. Espiral

Dualitate

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