segunda-feira, dezembro 06, 2010

Para ti(s)

Quero segurar-te. Mas ao mesmo tempo não quero.
Duvida que seja este o meu papel. Mas algo me impele e algo me agarra. Nunca escolhi ser esta pessoa que está aqui com sorrisos forçados e armadura nas costas. As minhas costas são o único espaço que tenho livre. Mas isso é um segredo meu. Que não partilho. Tem que se ver. Não consegues ver no fundo dos meus olhos? Provavelmente não. Já alguns tentaram (tentaram mesmo?). Tu talvez conseguisses... talvez. Porque sei, no fundo sei que te sentes assim como eu. Mas o mundo mudou alguns graus para ti. E vais à procura de outros sonhos, de outras terras, de outras miragens. E assim vais ser feliz. Claro que sim. Nada te prende à terra. Também nada te prende ao céu. Que céu é esse preso a um riso que não conheces? Por isso entendo. Não se pode ler os sonhos que estão na cabeça das pessoas. E as pessoas são tão mais bonitas nos sonhos. Provavelmente ias amá-las a todas. Mas agora estás ocupado a amar os teus. Os teus...medos? sonhos? objectivos? Vais encontra-los, a todos. Noutros mundos, noutras peles, noutros suspiros.

(Pergunto "Quem são estás pessoas?" porque sei que "estás pessoas não existem")


Espiral

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