domingo, setembro 25, 2005

Quem somos nós?

Alcança-me!
Passas por mim enquanto danço e finjo não te ver.
Mudas o cenário.Deslizas no meu corpo e...para a minha razão.
A porta está aberta!Não entras?
Arrepia-me!
Gosto de te magoar.Só a ti!Sentes isso?
Sinto vida quando me feres o espírito.Acendes a luz que ainda há!
Ergo a minha cabeça e luto!
Foge comigo!Não voltemos mais!Lembra-te algo?
Vales a pena?Não!Mas eu sinto que sim.Não sei quem me domina.
Se tu, ou se eu!
Fecho os olhos.Vejo-te.Sempre.Como sempre!
De olhos fechados, mexes a boca.Tocas-me com os lábios.Toco-te no cabelo.E tu na minha face!
Cantas com sentimento(...só para mim?).
São as nossas almas a tocarem-se.As consciências também!
Estás parada e sinto-te a correr para mim.
Quem somos nós?
Naquela sala de pânico, sei que me vais destruir!
E eu?Consigo destruir-te?
É a essência do nosso amor.Temos de destruir-nos!
Para (nos) construirmos!
Posso implorar-te que fiques comigo?
Faz parte dos meus sonhos escondidos.Dos húmidos e íntimos!
As tuas lágrimas correm pelo meu corpo.Por todo ele...
Sejamos sinceros, gosto que chores por mim!Também gostas que chore por ti...
Entra em mim.Entra comigo!
Peço para entrar em ti?
Arranha-me!
Grita!
Geme!
Arranca-me pele!
Espeta-me as tuas unhas!
Deixa sangrar!
A violência tem sentido ao teu lado.O amor também...
O amor é a primeira maneira de utilizarmos a violência,e a dor que se espera da mesma...
Em silêncio, grito-te dentro de mim!O teu nome.A tua palavra.
Não somos banais, nem vulgares.
Quem somos nós?
Foges de mim!E eu,no mesmo sítio,vou contigo!
No meio de vidros embaçeados, sonhamos e vivemos.
És o que vejo, entre o fumo do meu cigarro.
Lá fora está frio.Aqui dentro suamos.
Dentro de mim.De ti.De nós!
Sentes picadas asfixiantes no coração.Eu sei como dói.
Também sinto, lembras-te?
Pega na minha mão,eu sou o veneno que te cura!
Diz o meu nome!
Negas o que te peço.
Tenho vontade de te magoar.E tu a mim!
Era mais fácil?
Magoar e desaparecer...
Tentámos isso!
Tentaremos isso!
Enquanto nos magoamos com um instinto (quase) animal, e não temos sucesso!
Não sou o primeiro a magoar-te.Tu fazes isso,por mim!
As cordas de guitarra...
Aquele piano...
A voz!
Ouves?
...têm sentido?
Há sentido em nós!
Constrói comigo!
Tu és um som.
Uma brisa.
Descansa!
Eu estou aqui!Não quero fugir...
Quero dar-te o meu EU!
A única coisa que tenho.
Talvez seja...pouco!
Mas é o único trunfo, que me dá, em ti, a razão para arriscar e vencer.
Quem somos nós...?

Cavalo Branco

Dualitate

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A única coisa que tenho" é aquela que te dou...parece-te pouco?parece-me muito porque nada mais há...
(já não tenho mais palavras, gostava de conseguir dizer algo que fizesse sentido =( )
bjo*

domingo, setembro 25, 2005 11:10:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Facil de entender... just close your eyes and look around... open your mind... o sentido das palavras e as inexistentes coincidencias da vida! Nada faz sentido... será assim tao facil de entender?!
Um beijo... de uma amiga que nao te esquecerá nunca.

segunda-feira, setembro 26, 2005 3:11:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cenas que deslizam na mente.
Imagem que marcam.
Um sentimento que fica.

Está tudo dito...(adorei*)
Um beijo cheiro de carinho

segunda-feira, setembro 26, 2005 1:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Muito bom! sem duvida ... gosto de te ler, e não é por haver sempre uma palavra, uma frase nos teus textos que me lembram qualquer coisa (apesar de lembrarem)... mas porque me fazem pensar e pensar nas lembranças e lembrar-me de uma parte de mim (a parte mais minha de todas)que ainda existe... =)
Continua...
Gostava de te conhecer (como Cavalo Branco) =)

terça-feira, setembro 27, 2005 8:11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não caí neste blog por acaso.As coisas boas nunca acontecem por acaso. Se houvessem mais "cavalos brancos"... Parece que as letras escorrem tão calmamente do teclado, tão simples, tão sinceras. Tão tuas. Tão tuas mas também de muitos outros, como eu. Revejo-me, espelho-me em quase tudo o que escreves. Leio-me no que escreves. Às vezes penso que sou complicado. Mas ao olhar para o que também pode ser o eu escrito, tudo parece mais simples. Tem lógica. E dá prazer ler. O que escreves é, sem dúvida, bem escrito e muito, mas mesmo muito, ... profundo. Continua que eu continuarei a ler também...

domingo, outubro 02, 2005 12:09:00 da manhã  

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