Inderrotável
Olhas em frente na rua cinzenta, presa pelo nevoeiro que encerra sonhos e esperanças. Calcas um cigarro meio fumado e pegas numa pedra que rolou até ti. Não a olhas. Sabes que as pedras chegam porque sim. Só ficam as que nós prendem os olhos. Ou então aquelas que apanhamos quando estamos desatentos. Franzes as sobrancelhas, cerras os olhos e desvias o olhar, desconfiando. Ninguém sabe porquê. Apenas que esse ar, meio selvagem, meio agreste, pode desmistificar-se e parar num sorriso que iluminam um olhar. O teu. Acompanha-te uma melodia cantada por uma voz meio demente. Eu chamaria “intensa”, mas eu sou tão louca como tu. São duas da manhã. Ou três, ou quatro. E talvez chegue até ti, devagarinho, ou de rajada, doce inspiração. Escreves e depois rasgas o papel. A memória é mais forte e tu sabes o que queres. Mas mais tarde armazenas palavras em cofres que conferem-lhe a magia da imortalidade. Andas. Enfrentas o nevoeiro como cavalo que se esqueceu do D. Sebastião. A trote, a passo, a galope...mas sem nunca perder o rumo. Talvez acendas outro cigarro. Talvez pares num bar com luzes pirosas a anunciar e bebas uma imperial. Talvez um dia partas deste mundo, mas não será hoje. Hoje desembainhas uma espada e lutas. Hoje bebes um café no teu bar. Amanhã apanharás uma buba que te fará adormecer no carro. E de seguida será um rei que ficará satisfeito por acariciar a pelagem de uma gata que se enrosque no seu colo. Talvez jogues uma partida de cartas com três estranhos que chocaram contigo durante a jornada. Sueca, daquelas que tenho saudades de jogar contigo. Ou converses infinitamente até as palavras se tornarem soltas e os silêncios ganharem significado. Segues, sem dúvida ausente de fraquezas inúteis. As tuas fragilidades são peças do puzzle a quem chamas “eu” e que estaria inacabado sem elas. Olhas o horizonte, aspirando a ter o céu e tendo a perfeita consciência que muitas vezes só pisamos o Inferno. Mas não te preocupes. De acordo com as tuas preferências terás sempre aqui um amanhecer ou um anoitecer. E um antes. E um depois. E um sempre.
Para o André (Cavalo Branco), o meu melhor amigo, com todo o carinho que posso lhe dar (que é infinito) e com todos os desejos de felicidade e de Parabéns. Obrigada por tudo, tens definitivamente uma grande parte da minha alma e mereces sem dúvida todas as palavras que te possa dedicar. Aproveita todas as 23 horas que faltam desde dia que é só teu vivendo como só tu sabes viver. À tua maneira.
Um abraço fechado e um beijo doce, doce da
Para o André (Cavalo Branco), o meu melhor amigo, com todo o carinho que posso lhe dar (que é infinito) e com todos os desejos de felicidade e de Parabéns. Obrigada por tudo, tens definitivamente uma grande parte da minha alma e mereces sem dúvida todas as palavras que te possa dedicar. Aproveita todas as 23 horas que faltam desde dia que é só teu vivendo como só tu sabes viver. À tua maneira.
Um abraço fechado e um beijo doce, doce da
Espiral (Sónia)
Dualitate
4 Comments:
É nestas alturas, que choro em frente às tuas palavras.Sim, és qualquer coisa de indescritível.Sou um cavalo.Aquele, que anda de todas as formas e mais algumas.Aquele que te quer para sempre ao meu lado.Eu sei que não chega agradecer.Eu sei que não chega escrever.Mas sei que o meu sorriso na tua direcção chega!Sei que o meu abraço, enrolado no teu, chega!Digo-te, obrigado.Obrigado por todas as vezes que chorei no teu ombro.Por todas as vezes que choraste no meu.Por todas aquelas que estão já aí.Encontradas numa imagem de D.Sebastião.Sim, és uma das minhas almas gémeas.E sim, tambmém tu sabes que tens grande parte de mim.Tu és uma (das poucas) pessoas a quem eu quero dar isso.Obrigado por tudo!Não tenho mais palavras.Aquela impressão, aquela...aquela que chamam de choro...essa diz tudo, nao é?Adoro-te,Sónia.Leio-te, Sónia.Venero-te!É um privilégio ter-te como te tenho.Ainda bem!
Sempre.PAra sempre.
Uffff.estas primeiras duas horas...foram grandiosas!
Beijo!
Não há duvida que vocês são mesmo almas gémeas! Não vos conheço à muito tempo mas não é preciso... basta ouvir-vos a falar pra chegar a essa conclusão (my opinion!)!
Espero mesmo que todos os minutos, que já passaram e q ainda restam passar, sejam de muita felicidade e alegria!
Um grande abraço
não posso ser indiferente a estas dualidades.inderrotáveis.
beij*s
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