Multiplicação
Só!Sofro só...
A multiplicação da dor é grotesca.
Devemos sofrer sós,
Olhar para a mancha na parede é um processo solitário.
O toque na ferida,
Altera o rumo do sangue.
Mas nela, só deve encaixar um dedo,
...solitário.
O meu, o nosso, o de cada um...
A multiplicação da dor é cruel.
Não tem sentido.
Como eu.
Como tu.
Como aquele para quem olhas quando a rua já passou,
Sem escolheres a maneira como isso te marcou,
Nas profundezas da intimidade.
Cavalo Branco
Dualitate
A multiplicação da dor é grotesca.
Devemos sofrer sós,
Olhar para a mancha na parede é um processo solitário.
O toque na ferida,
Altera o rumo do sangue.
Mas nela, só deve encaixar um dedo,
...solitário.
O meu, o nosso, o de cada um...
A multiplicação da dor é cruel.
Não tem sentido.
Como eu.
Como tu.
Como aquele para quem olhas quando a rua já passou,
Sem escolheres a maneira como isso te marcou,
Nas profundezas da intimidade.
Cavalo Branco
Dualitate
posted by Espiral at quinta-feira, janeiro 26, 2006
4 Comments:
...gosto tanto daquilo q escreveste!estou a pensar no que escrever e a verdade é q me faltam palavras...
"Como aquele para quem olhas quando a rua já passou,
Sem escolheres a maneira como isso te marcou,
Nas profundezas da intimidade"
Especialmente ao ler esta parte lembreime de um texto que li ontem...
"Há momentos que nos ficam para sempre, que guardamos em segredo e no silêncio, para nada nem ninguém lhes possam tocar. São só nossos. A sua importância é incomensurável e por isso pertencem a outra dimensão. A dimensão rara e perfeita que se sente em certas músicas ou em tardes de Verão..."
beijinho*
"Sem escolheres a maneira como isso te marcou"
.....como se diz merda em italiano...vai escrever assim bem, e ler a mente dos outros noutro mundo..onde eu não possa ler nem identificar-me..ok?
Beijos de alguém que te diz "escreves bem demais porra! um par de estalos é o que mereces"
beijo****
ler e reler até as palvaras já não fazerem sentido, porque aquele que estas têm juntas é demasiado para suportar...
para suportar a dor ou o sentir,a impossibilidade de sermos iguais depois de ti, depois de alguém que permitimos que a rua leve quando passa...ou que acaba por ficar guardado na nossa desliberdade.
(talvez não saibamos viver sem essa multiplicação grotesca da dor...)
tempo de linhas curtas e depois? é forte, é duro e é bom.
gostei* (já te tinha dito).
bj
gozto [=
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