sábado, abril 05, 2008

Indomável

Neste sapateado estranho codifico estas palavras escritas especialmente para ti. Danço, mexo as ancas, levanto os braços e deixo-os cair à porta desse teatro nesta vénia de despedida. Acabo de responder ao teu apelo. Por favor esquece os meus olhos que tremem tão húmidos. Esquece o sorriso sério que paira sempre entre ti e mim. Por hoje quero apenas sentir um júbilo ímpar. Sim, enqaunto ouço aquela voz cantar. Enquanto ouço o mundo a rugir. Enquanto me expando no meu canto onde me inseri. Sem custos aparentes. Vá, senta aí e sorri. Não esperes para já que te perca. Por mais que me afunde, há sempre molas que me fazem saltar. Há risos e música do outro lado do telefone. Há gestos que nunca vou perder. Promessas que não quebro. Portanto fica aí. Aconchega-te. Sê feliz. Com quiseres. Neste momento este sapateado que quebro sem ritmo nenhum é para todos nós. Neste momento não estou aqui, faço dezenas de quilometros para sul, para sentir um só fio de cabelo de quem está longe. Neste momento só escrevo estas palavras de sabor exótico porque quero estar sempre ao lado do mar onde nasci, próxima das músicas que me fazem tremer. E perco-me numa cadência desapaixonada, apenas para todas as minhas veias sussurrarem baixinho que todo o meu ser quer fazer amor contigo.

Espiral

Dualitate

Inspiração: a música, as pessoas,


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