segunda-feira, julho 02, 2007

Raridade

"tudo o que é raro, é especial"


...Então o que faço aqui, rodando num caixão vertical feito para dois?...
Procuro nos olhos desfeitos uma magia. Procuro vidas despedaçadas em palavras soletradas de alguém que as concertou. Procuro vazios preenchidos por novos caminhos porque se enganaram ao escolher um atalho. Há uma solução? Há um fim? Há um recomeço?
Não os vejo. O raro tem a mania de se tornar ironicamente efémero e de partir sem preparar ninguém para uma despedida. E os os vidros que vejo espalhados pelo chão não se colam.

Vejo sentimentos pisados. E hábitos que tornaram máscaras fingidas feitas de conformismo alegre. E partidas para os cinzentos por medo de sofrer. Não há solução....Não há fim...Não há recomeço...
Doí. Não tenho remédio. Não vejo o cinzento em nenhum lado. porque infelizmente não sou daltónica. Quero partir para a solução mais simples. Escolhendo as estratégias menos complexos. Mas a minha verdade nunca passou pela simples diferença entre dois eventos. Porque nunca me esqueci do que é um "se" e do que significa um "talvez".

Partilha comigo os teus medos. Fala-me dos teus receios. Acaba o que começas. Não deixes nada por dizer. Sê gentil. Repara o mal feito. Abraça o mundo. Não recues. Não pares. Sê livre. Sê alegre. Sê feliz. Há solução! Há um fim! Há um recomeço!
Quem é que me obriga a interiorizar estas crença? Quem é que me autoriza a acreditar em tais palavras? Quem é tem a certeza que são as palavras certas? Não é assim tão fácil...Não para os animais feridos.

Quero encontrar o verdadeiro significado da fé. Perceber que a esperança é a excepção à regra. Não me ensinem heuristicas. Não me enviesem os pensamentos. Não me embotem os sentidos. Sim, talvez haja uma solução. Sim, talvez haja um fim. Sim,talvez haja um recomeço.
Enquanto todas as certezas me cercam só vou andar. Por enquanto só cada passo dado pode me mostrar que caminho. As soluções, se é que existem, podem esperar. Porque vão chegar. Se as tiver que encontrar.



Inspiração - frase(s) sentida(s) de amigo(s) humano(s) e sempre "por outras palavras" e para mal dos meus pecados também me inspirei em inferência social (oh deus, matéria...)

Espiral


Dualitate

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