terça-feira, maio 01, 2007

Insistência

Seguro com firmeza memórias curtas que me impedem de tiritar. Toco com a ponta dos dedos, sensíveis, a face dessa estátua fria; percorro o percurso deixado pelo sulco de muita tristeza. Tacteio o seu pulso de ferro, olho, sem precisar de ver o seu coração de fingida pedra e sinto o seu olhar quente de gelo em mim.
Desejo que das desordenadas da minha mente, no fim só sobre a derradeira. Essa metáfora é a que desejo para mim.
Escavo tentando encontrar as suas raízes. A pedra racha. Como é que se chama aquele sítio mesmo no centro do peito? Flui...evapora-se, liberta-se. Encosto a cabeça no mesmo ombro onde posou um passáro; reparo num esquilo aninhado aos seus pés. Vou sorrir. Voltei. Encontro-me sempre nestas paragens onde se abrigam seres.

Espiral

Dualitate

Inspiração: "Não precisamos de conseguir ver o fim do horizonte para tentar lá chegar." (Val Kilmer)

1 Comments:

Blogger mag said...

chama se quente. chama se fonte.. ou chama se vontade.
post tao perfeito sonia *m

quinta-feira, maio 03, 2007 4:14:00 da tarde  

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